Covid-19: 94% dos universitários desejam continuar estudando

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Dados levantados pela Globo revelam que universitários enxergam a importância do diploma para o mercado de trabalho, mas mostram que 83% dos jovens estão se sentido pressionados em relação ao futuro acadêmico e profissional

Ainda que a crise sanitária imposta pelo coronavírus tenha proporcionado mudanças drásticas na rotina de estudos, grande parte dos universitários brasileiros (94%) querem continuar na graduação e acreditam na importância do diploma para uma boa colocação no mercado de trabalho. O levantamento é da Equipe de Inteligência de Mercado da Globo, com base em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O estudo foi divulgado na tarde desta segunda-feira (28), no evento on-line ‘Sala de aula ou sala de casa: A nova realidade da Educação’.O momento atual de crise provoca desconforto nos estudantes. O estudo mostra que, por conta da pandemia, 83% dos jovens estão se sentindo mais pressionados em relação ao futuro acadêmico e profissional, uma vez que muitos deles trabalham e estudam ao mesmo tempo e sofreram um impacto na renda familiar. Mas apesar das dificuldades, 94% dos alunos desejam prosseguir com a graduação, resultando em boas expectativas para o cenário posterior à pandemia.

De acordo com a pesquisa, o diploma ainda é algo sonhado por grande parte dos jovens. 84% dos entrevistados acreditam que o diploma é valorizado pelas empresas, enquanto 87% afirmam que o ensino superior é essencial para conseguir um bom emprego.

Portanto, para o futuro, o estudo mostra que 92% dos universitários concordam que o trabalho remoto será ainda mais comum e com oportunidades de trabalho fora das metrópoles. E 82% acreditam na ampliação do mercado de trabalho graças ao maior uso da tecnologia.

Ainda falando do pós pandemia, 77% dos jovens querem se dedicar mais aos estudos e 68% querem retomar o que foi pausado por conta da proliferação do vírus.

O estudo da Globo A nova realidade da educação foi feito em parceria com o Instituto Toluna e ouviu 1.500 jovens acima de 16 anos de idade, de todas as classes sociais e regiões do Brasil.

As grandes mudanças no ensino

Dados do Censo da Educação Superior do Inep revelam que, de 2008 a 2018, o número de matrículas em cursos de graduação presencial e a distância em todo o Brasil sofreu um aumento de 44,6%. Mas o aumento é ainda mais relevante em matrículas no ensino a distância: em dez anos, o aumento foi de 282%. A região sudeste foi a que registra maior aumento nas matrículas no ensino superior: com 40,6% da população em cursos EaD e 45,7% presencialmente.

O contexto de isolamento social propôs a massificação e popularização do ensino a distância. Mesmo com as barreiras impostas, 58% dos universitários participantes da pesquisa passaram a ver a modalidade de forma mais positiva. Com isso, no futuro, o ensino híbrido ganhará ainda mais força, com 73% dos universitários concordando com a previsão.

As barreiras do EaD

O ensino remoto consolidou seu espaço na educação com a pandemia, mas mesmo assim ainda apresenta algumas barreiras a serem enfrentadas. 46% dos jovens entrevistados para o estudo da Globo concordam que os problemas de conexão é o que mais atrapalha e que o modelo exige muita disciplina, enquanto 36% têm a percepção de que é um formato menos exigente.

Além disso, 44% dos jovens acreditam que as empresas valorizam menos um diploma de um curso a distância, obrigando, assim, uma certa mudança na postura das instituições, segundo o especialista de Serviços & Telecomunicações da Globo, Rafael Garey. “O que precisamos fazer para comprovar que uma nova metodologia pode ser tão boa com a presencial? Como o mercado pode reconhecer os benefícios do curso on-line?” questiona.

Outro ponto relevante que pode atrapalhar o estudo remoto é o equilíbrio emocional e o ambiente de casa. Quase metade dos estudantes (49%) concorda que o lado emocional tem atrapalhado, enquanto 48% alegam dificuldades para se organizar e manter a disciplina com os estudos. Outros 44% afirmam não conseguirem tirar as dúvidas com os professores, e 32% alegam não terem um ambiente tranquilo para estudar em casa.

“É um momento de grande aprendizagem para todos, a pesquisa trouxe sinais que o jovem está apreensivo. A palavra disciplina pode se juntar com a organização e autonomia. Está na hora de começarmos a configurar isso tudo. Isso pode mostrar, também, que está no momento de questionarmos a forma como estamos aprendendo. Será que não está na hora de questionar os processos? Por que eu não posso aprender tanto na sala de aula quanto na sala de casa?”, aponta Eduardo Valladares, educador e designer de aprendizagem durante o debate no evento, mediado pelo ator Lázaro Ramos.

Fonte: fundacred

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