Intercalar aulas presenciais e a distância é alternativa para diminuir a disseminação do coronavírus no ambiente acadêmico
A aplicação do ensino híbrido em escolas e universidades passa a ser uma tendência para o chamado pós-Covid. Essa metodologia envolve um modelo de aprendizagem misto entre as atividades presenciais e a distância – desse modo, sendo um conceito mais alinhado com as medidas de combate à pandemia. Afinal, mesmo com a liberação de volta às aulas, permanecem nas cidades brasileiras recomendações como manter o distanciamento entre as pessoas, intensificar a rotina de higienização dos ambientes, evitar aglomerações, entre outras.
Por muitos considerado tendência do século XXI – mesmo antes da pandemia do novo coronavírus se apresentar ao mundo -, o ensino híbrido surge a partir da transformação da educação pela tecnologia. Contando com os avanços digitais, o corpo docente ganha uma plataforma online para organizar as aulas a distância. A metodologia acaba por incentivar uma maior autonomia por parte do estudante, que da continuidade aos estudos de forma mais individualizada em casa, na biblioteca, no laboratório da universidade – ainda que o professor se mantenha à disposição para dúvidas por meio da plataforma da instituição de ensino.
Não trata-se meramente de transferir algumas aulas que seriam presenciais para a modalidade de Ensino a Distância (EAD). A implantação do ensino híbrido envolve uma compreensão mais ampla da disciplina, com a reorganização do plano pedagógico. A distribuição dos encontros e o desenvolvimento de atividades devem primar pela colaboração dos estudantes para com as aulas, assim como estarem de acordo com a possibilidade de acesso dessa turma às ferramentas indicadas.
O conceito pode ser aderido tanto por escolas, quanto universidades. A principal variante a ser levada em consideração é, naturalmente, a realidade sociocultural de cada instituição e de seus alunos e docentes. Enquanto algumas turmas podem receber atividades para serem feitas inteiramente em casa, outras dependem da disponibilização de laboratórios e bibliotecas com acesso aos recursos digitais.
Ainda que sofra adaptações no Brasil, com o objetivo de compreender todas as regiões e realidades da população estudante do país, o ensino híbrido mostra-se como saída para reduzir o número de pessoas em um mesmo ambiente. Ao reorganizar as atividades de aula, há também um revezamento das turmas na utilização dos espaços físicos das escolas e universidades. Para o pós-Covid que se aproxima, a sociedade precisa manter um compromisso de retomar a aprendizagem, sem deixar de lado os cuidados para evitar uma nova onda da pandemia.
Fonte: fundacred